segunda-feira, 15 de abril de 2013

ENTREVISTA ABRIL - SILVIO CORUJEIRA

Neste mês de Abril o blog da UBO pediu para um botonista das antigas contar um pouco da sua historia no futebol de mesa, como começou?, jogos inesquecíveis.




Eu sou o conhecido Coruja, não é que pareço com tão animal, é mais pelo sobrenome parecido, e também não sou animal nas mesas, tenho muito que aprender e aprendo a cada jogo, partida, torneio ou campeonato.

Como conheci o Futebol de Botão ou Futebol de Mesa? É culpa do meu pai (brincadeirinha), pois quando ganhei uma mesa grande e oficial, igual às mesas da federação, que hoje jogamos nos clubes, essa mesa ele comprou na antiga loja da Sears, que agora está de volta ao Brasil.

Quando comecei os primeiros campeonatos em casa na garagem com essa mesa oficial e com botões Brianezi, os de plásticos conhecido como tampas de relógio, era no ano de 1982, com meu irmão e depois vieram os amigos e também os primos, que um primo joga até hoje, o conhecido Jean Cappelli, e paramos esses campeonatos no ano de 1989.

E em 1989 conheci os botões de acrílico com um amigo na faculdade o Lula de Mauá, que me convidou pra conhecer o grupo da UBO, no ano de 1990 no Abrevb e assim conheci o Bira, o Brambilla e voltei a reencontrar o Halas, que participava dos torneios em casa na década de 80, muitas recordações, e sempre joguei com bolas de lã ou de feltro, raro os momentos de discos e nunca dadinho, a graça do futebol é a bola redonda mesmo, e muito bom reviver e contar essas histórias estas lembranças pra todos vocês.

O que precisa pra ter uma equipe competitiva? Isso parece como se me perguntasse quando você vai golear, de preferência mais de sete (7) gols, como uns 10x01, por exemplo, para alcançar tal façanha precisa da combinação de muitos fatores, como:

1) Saber todas as regras oficiais e atualizadas, e aplicar com sabedoria através dos sistemas táticos de jogo (maneira como jogar e como desenvolver o jogo);

2) Treinar muito e com consistência, ou seja, com frequência, participar da maioria dos treinos e evitar trocar de time, palheta, pelo menos manter um padrão de material;

3) Melhorar suas habilidades, tentar diminuir seus defeitos e aumentar suas qualidades;

4) Ter preparo físico e emocional principalmente, pois este esporte e muito mais no controle emocional (cabeça) envolve muitas emoções e muitos sentimentos;

5) Ter jogadores pra realizar treinos, ver a sala cheia, ter um grupo heterogêneo na forma de jogar, mas também homogêneo como equipe, querendo os mesmos objetivos, jogar e treinar;

6) Ter um material adequado e ter uma boa flanela, saber limpar seus botões, isso é importantíssimo, pois fica difícil jogar e bem com botões grudando nas mesas;

7) Ser persistente e nunca desistir, pois momentos ruins virão, terá que ter paciência;

8) Um passo de cada vez, ou seja, um gol de cada vez;

9) Ser competitivo, participar de torneios, e campeonatos (gostar de participar), assim poderá conhecer outros jogadores e outras maneiras de desenvolver a modalidade nas mesas;

10) Quem sabe chegar a ser mestre no que faz, mas antes de tudo, ser humilde e saber ensinar também.

Esses podem ser os dez mandamentos, pra ser um excelente jogador, e quem sabe efetuar uma goleada num jogo, mas isso não é o mais importante e sim ser um bom jogador, ser competitivo, fazer parte de um grupo, que quer a mesma coisa, ter os mesmos objetivos ou quererem atingir as mesmas metas.

Tudo isso que descrevi sobre realizar uma boa goleada é a mesma coisa pra ter uma equipe competitiva são os mesmo mandamentos, mas multiplicada por pessoas, mas o mais importante e ter um grupo de amigos, cada vez maior, um grupo que dá pra fazer uma seleção, ou diversas que sabe, como por exemplo: um grupo competitivo, com os destaques na modalidade, outro grupo que quer como objetivo somente participar de torneios, e um terceiro grupo que quer jogar como lazer, e até por ultimo um que queira somente ensinar, uma usina de fazer jogadores de futebol de mesa, isso pode ser um sonho, mas é um excelente caminho, e quem sabe ter uma equipe competitiva de ponta, mesma coisa você quem sabe você também não consiga fazer uma goleada numa partida de Futebol de Mesa. Então vamos jogar?

Para que eu comente ou descreva um grande jogo? Difícil falar somente de um resultado, depois de participar mais de 20 anos nesse mundo mágico, separei alguns resultados, sendo que todos são importante, jogos que tiveram poucos erros de ambos os jogadores, tomava um gol e logo após conseguia fazer um, parecendo jogo de Handebol, faz e toma, toma gol e logo faz, ou Basquetebol fazendo varias cestas, e assim vai... Esse é o mundo do Futebol de Mesa, os resultados de grandes jogos são:

1)      7x7 e 2x1 na prorrogação no Torneio Copa do Mundo de 1998 na quarta de final com o Rubeta;

2)      8x2, na final do Carnaubo de 2000 com o Brambilla;

3)      5x13, derrota na final do Grande Torneio de 2000 com o Faccio;

4)      8x8, eu fui favorecido pelo empate na final do Torneio Geraldo Decourt de 2003 com o Ícaro;

5)      8x4, outra final no Torneio Geraldo Decourt de 2004 com o grande Paulão.

 

Esses grandes jogos com amigos, que já faz mais de dez anos e muitos desconhecem, mas é minha história, minha memória. Muitas coisas marcam não somente resultados e jogos inesquecíveis, mas também muitos amigos que fazemos e muitos que acaba parando de jogar por motivos de outros compromissos como familiares, do emprego, de saúde, ou até encontra outro lazer outra atividade que substitua, mas uma coisa eu te digo quem jogou nunca mais vai esquecer esse mundo mágico que é o FUTEBOL DE MESA e suas adversidades.

E sinto muita saudade, e pra matar um pouco essa saudade vamos jogar um pouco deste esporte e jogar conversa fora também. 

E foi muito bom compartilhar um pouco da minha história com meus amigos, até a próxima.

Abraços.

 

 

 

 

Silvio Alexandre Corujeira.


 
 

2 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns ao amigo Corujeira pela bela entrevista. Realmente uma história bonita e de exemplos de garra e determinação. E voltar forte agora para darmos continuidade a essa temporada. Temos muito ainda pela frente e podemos fazer um bom papel se nos dedicarmos e contarmos com sua força Coruja.
Brambilla

Anônimo disse...

Parabens pela entrevista com sabias palavras.
torcemos para que volte logo e ajude o fundação novamente!


Abraços


Aldecoa